domingo, 17 de abril de 2011

Aos poucos o tempo vai passando,


E as coisas vão mudando diante dos nossos olhos. Eu até poderia ficar aqui escrevendo sobre os antigos tempos, sobre as mudanças que aconteceram, sobre as pessoas que se foram e deixaram pedaços, sobre tudo do passado. Mas hoje eu não quero. Não por revolta ou algo do gênero, mas sim porque não dói mais. Exatamente, não dói. Passei meses e meses escrevendo sobre tristezas e saudades, mas as coisas mudam, e sempre vão mudar. Não vou dizer que não sinto saudades. Claro que sinto. Mas acho que hoje, não faria sentido ter tudo como antes, porque eu não sou a mesma de antes. O ambiente onde passo os meus dias, não é o mesmo de antes. Nem mesmo os amigos são os mesmos de antes. Mas isso já não dói. Sinto-me muito feliz, porque Deus colocou pessoas maravilhosas em minha vida, que me acrescentam, e me fizeram crescer e amadurecer, ver a realidade. Porém nisso tudo o que mais mudou foi minha forma de pensar, de agir, meus objetivos, tudo isso mudou drasticamente. Aprendi a ter responsabilidades, a ter metas, a agir em certas ocasiões, a me controlar em outras, enfim. Penso que tudo o que passei, e que ainda vou passar, foi e será pra me transformar no que sou e no devo ser. Porque hoje eu não seria tão forte, tão diferente ou com tantas opniões e conceitos, se eu não tivesse passado por tudo que passo ou passei. Sinto que estou em constante transformação e adaptação, e as dores do crescimento não existem mais. Não, pelo menos, tanto quanto antes. Hoje não quero apenas assistir as coisas acontecerem, apenas deixar as coisas tomarem seus rumos, pois penso que isso não é viver, é apenas existir. E todas as dores, todas as alegrias, todos os sentimentos, foram necessários, e continuarão sendo. tudo isso valeu a pena, e sei que vai continuar valendo. Tudo isso é para crescimento, para evolução, para transformação, do que ainda há de ser, do que ainda virá. "O que importa mais, viver ou saber que está vivendo ?"

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Quem sou eu além daquele que fui?
Perdido entre florestas e sombras de ilusão
Guiado por pequenos passos invisíveis de amor
Jogado aos chutes pelo ódio do opressor
Salvo pelas mãos delicadas de anjos
Reerguido, mais forte, redimido,
Anjos salvei
Por justiça lutei
E o amor novamente busquei

Quem sou além daquele que quero ser?
Puro, sábio e de espírito em paz
Justo, mesmo que por um instante,
Forte, mesmo sem músculos,
E corajoso o suficiente para dizer “tenho medo”

Mas quem sou eu além daquele que aqui está?
Sou vários, menos este.
O que aqui estava, jamais está
E jamais estará
Sou eu o que fui e cada vez mais o que quero ser
Mudo, caio, ergo, sumo, apareço, bato, apanho, odeio, amo…
Mas no momento seguinte será diferente
Posso estar no caminho da perfeição
Cheio de imperfeições
Sou o que você vê…
Ou o que quero mostrar.
Mas se olhar por mais de um segundo,
Verá vários “eus”,
Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei.