sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O trapezista


Construo diariamente o mundo que quero para viver
Subo na árvore
Pego a maçã com as mãos
Gastando solado de pé
Corro de encontro com a minha felicidade
Cisco no mundo dos profanos
Canto aos sete ventos palavras de verdade
Trago na boca o gosto suave do vento soprado pelo seu céu
Visto minha melhor roupa para ir ao teu encontro
Percebo que, entre nós, o sofrimento só serve para colorir e criar textos como os que você costuma ler escondido
Batendo descompassado, meu coração cheio de esmero e tinta, curte o carmim dos amores ensolarados
Vermelhos são meus olhos de alegria gotejante
Cheios de não sei o que
Cheios de sentimentalidade
Troço torto, feito bêbado cruzando a rua
Paciente e lento estado da embriaguês
Coisa estranha, borboletas que passeiam no meu estômago
Você, trapezista do Circo de Soleil
Eu, Deborah Colker dos seus passos desalinhados
Tudo isso e nada disso
Pare já com isso
Tudo é igual para todos os amantes
Tudo é tão diferente quando falamos da gente
Sentimento alado, voa e bate acelerado
Esperando a hora certa de voltar