segunda-feira, 18 de abril de 2011

Demonstração de amor

Ela observava tudo o que acontecia. Aquela grande festa para mostrar o "amor" que eles tanto valorizavam, e desejavam compartilhar. Foi lindo como sempre... e ela sentia que tudo o que via era sincero, e tão bonito. Foi aí que olhava pra si mesma tentando procurar dentro dela algo... algo que poderia um dia ao menos se parecer com todo aquele amor. Toda "menina" tem aquele sonho de achar o "príncipe encantado", mas foram tantas as pessoas que haviam passado em sua vida, que esses sonhos tinham simplesmente se distorcido. Parecia algo improvável o "para sempre". Mas ali, eles juravam, eles se olhavam sorrindo sem sorrir se encantavam um com o outro e queriam mostrar para todos aquele "amor". Era algo tão bonito aos olhos dela... ela olhava com atenção, cada gesto cada detalhe, procurando se em alguém teria havido algum misero daqueles tantos gestos mostrados. Em músicas, em textos, enfim, ela via tantas declarações, tantas palavras bonitas. Mas aquilo no "mundo real" parecia tão improvável... A algum tempo atrás ela virou ara sua mãe e disse: " Mãe como encontrar o amor?" E sua mãe lhe respondeu com um olhar diferente... é um tiro no escuro filha, é um tiro no escuro." Essas palavras lhe vieram a mente naquele momento... e fazia com que refletisse. Eu simplesmente não entendia aquilo. Eles tinha arriscado, se jogado, atirado no escuro, e por um motivo que não ela não sabia ao certo conseguiram acertar o alvo (?). Sinceramente ela esperava que todos os sonhos distorcidos um dia voltassem a ser mais claros, mais visíveis. Pelo menos, mesmo que pouco... com o máximo de nitidez possível. "Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

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Quem sou eu além daquele que fui?
Perdido entre florestas e sombras de ilusão
Guiado por pequenos passos invisíveis de amor
Jogado aos chutes pelo ódio do opressor
Salvo pelas mãos delicadas de anjos
Reerguido, mais forte, redimido,
Anjos salvei
Por justiça lutei
E o amor novamente busquei

Quem sou além daquele que quero ser?
Puro, sábio e de espírito em paz
Justo, mesmo que por um instante,
Forte, mesmo sem músculos,
E corajoso o suficiente para dizer “tenho medo”

Mas quem sou eu além daquele que aqui está?
Sou vários, menos este.
O que aqui estava, jamais está
E jamais estará
Sou eu o que fui e cada vez mais o que quero ser
Mudo, caio, ergo, sumo, apareço, bato, apanho, odeio, amo…
Mas no momento seguinte será diferente
Posso estar no caminho da perfeição
Cheio de imperfeições
Sou o que você vê…
Ou o que quero mostrar.
Mas se olhar por mais de um segundo,
Verá vários “eus”,
Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei.