quinta-feira, 7 de abril de 2011

AS VEZES....


Ás vezes. Mas ás vezes gosto de ouvir os pássaros cantando pela manhã, gosto de saber que o sol está brilhando e que tem um dia lindo a me esperar. Gosto de enrolar cinco minutos a mais na cama antes de me aprontar para lutar uma vez mais. Ás vezes gosto de falar sozinha, porque descobri que sou a melhor pessoa com quem posso conversar. Descobri no silêncio agente descobre o que falar. Descobri que dividir as dores não convém e que devemos dividir sorrisos. Descobri que as pessoas que vão embora não levam pedaços de mim, mas sim que deixam suas marcas em mim. E que as vezes se essas marcas são muito profundas o sentimento da saudade nasce e é ele que me faz sofrer. Descobri em mim uma amiga que ninguém no mundo jamais vai ter. Ás vezes gosto de culpar as pessoas pelos erros que cometi, e ás vezes gosto de me sentir culpada por eles, pois isso mostra o quanto eu cresci. Ás vezes gosto de ouvir uma música quente em um dia de frio. Pode parecer estranho, mas me sinto aquecida assim. Ás vezes gosto de parecer ser algo que eu não sou, mas essa vontade logo passa porque não importa como as pessoas te vêem, mas sim como você realmente é. Ás vezes gosto de brigar com todo mundo porque ninguém me compreende bem. Ás vezes gosto de sentir saudades de momentos que não voltam mais. Ás vezes eu me iludo achando que tudo pode voltar a ser como era quando eu era uma criança. Descobri que não gosto de dormir, descobri que gosto de sonhar, porque só em meus sonhos tudo fica bem. Ás vezes eu acho ruim toda a proteção que ele me dá. Mas assim que eu me machuco, eu ligo para ele, pra ouvi-lo me dizer com sua voz que soa tão doce, que tudo vai ficar bem, tudo vai passar. Mas sabe o que eu gosto mais? Ás vezes eu gosto de escrever sobre minhas tristezas e minhas alegrias, minhas intermináveis histórias, minhas glórias e epifanias. A sensação de alivio de saber que posso partilhar tudo isso com alguém me faz sentir tão bem, como se meus dedos flutuassem sobre o papel. Gosto de saber que posso fazer alguém que não conheço sorrir e que posso sorrir também. Ás vezes gosto de amar, odiar, sonhar, tocar, sentir, falar, ouvir, cantar, fingir... Ás vezes gosto de viver

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Quem sou eu além daquele que fui?
Perdido entre florestas e sombras de ilusão
Guiado por pequenos passos invisíveis de amor
Jogado aos chutes pelo ódio do opressor
Salvo pelas mãos delicadas de anjos
Reerguido, mais forte, redimido,
Anjos salvei
Por justiça lutei
E o amor novamente busquei

Quem sou além daquele que quero ser?
Puro, sábio e de espírito em paz
Justo, mesmo que por um instante,
Forte, mesmo sem músculos,
E corajoso o suficiente para dizer “tenho medo”

Mas quem sou eu além daquele que aqui está?
Sou vários, menos este.
O que aqui estava, jamais está
E jamais estará
Sou eu o que fui e cada vez mais o que quero ser
Mudo, caio, ergo, sumo, apareço, bato, apanho, odeio, amo…
Mas no momento seguinte será diferente
Posso estar no caminho da perfeição
Cheio de imperfeições
Sou o que você vê…
Ou o que quero mostrar.
Mas se olhar por mais de um segundo,
Verá vários “eus”,
Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei.